O impasse está grande entre o Sindicato dos
Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Franca e Região
(Sinsaúde) e o Sindicato das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais
Filantrópicos (Sindhosfil), “se não bastasse à forma desrespeitosa com
que os patrões têm tratado os trabalhadores da saúde, colocando as
chefias para ameaçarem os profissionais para que eles não participem das
assembléias reivindicando seus direitos. Estas ameaças foram chamadas
por eles como aconselhamentos, que o melhor seria aceitarem as propostas
indecentes oferecidas. No entanto, todos os chefes que pediram para que
os trabalhadores não fossem nas assembléias compareceram visando
empurrar goela abaixo os prejuízos que os profissionais terão com a
aprovação da contra proposta”, declara o presidente do Sinsaúde, Luiz
Carlos Vergara Pereira. Segundo ele, é imprescindível que os
trabalhadores da saúde façam um comparativo de quanto os chefes
ganham e de quanto ganham eles que estão na linha de frente do cuidado
com os pacientes. “Não que sejamos contra quem ganha mais, inclusive
somos favoráveis a valorização dos trabalhadores e um plano de carreira,
mas vamos apuramos por meio do Ministério Público do Trabalho que
esta pratica que está ocorrendo é crime contra a organização do
trabalho”, resssalta Vergara.
Muitas foram as rodadas de negociação e a
abertura para o diálogo tentando um acordo satisfatório para ambas as
partes. Infelizmente, o Sinsaúde teve até de pedir o Certidão da
Impossibilidade de Acordo, na Gerência Regional do Trabalho de Franca.
Na última proposta feita, o Sindhosfil concordou com o reajuste
salarial, porém houve retrocesso na questão carga horária. Analise como
está o acordo entre os Sindicatos:
1 – Já estão acordadas todas as cláusulas sociais entre os dois Sindicatos.
2 – Reajuste salarial de 5,47% da inflação no período de 29/03/2011 a 29/02/2012 estão de comum acordo.
3 – Taxa Negocial foi aprovado em assembléia da
categoria quando da aprovação da pauta, porém a diretoria dos hospitais
pedem que esta seja excluída, visto que é a única contribuição prevista
na pauta. O objetivo disso é enfraquecer o Sinsaúde, mas o Sindicato dos
Trabalhadores tem recebido apoio da Federação dos Trabalhadores da
Saúde de São Paulo para buscar melhores condições de vida aos
profissionais.
4 – A diretoria do Sinsaúde e a Comissão de
Negociação reapresentaram uma nova proposta do piso salarial e a mesma
foi enviada ao Sindhosfil e aceita, segue abaixo:
Cargo
|
Piso
Salarial
|
Horas Mensais
|
Horas Diárias
|
Tec. de Enfermagem
|
860,00
|
180
|
6
|
Aux. de Enfermagem
|
790,00
|
180
|
6
|
Adm (Regime de Revesamento)
|
720,00
|
180
|
6
|
Apoio
|
693,00
|
180
|
6
|
O Sindhosfil aceitou os novos pisos salariais,
no entanto querem alterar a base de calculo dos salários para 220 horas
mensais, pagando assim, bem menos por horas trabalhadas, entenda na
tabela:
Cargo
|
Piso Salarial
|
Dividido
|
Horas Mensais
|
Igual
|
Valor da Hora
|
Vezes
|
Jornada Praticada
|
Igual
|
Como ficaria o Piso Salarial
|
Tec. de Enfermagem
|
860,00
|
/
|
220
|
=
|
3,91
|
X
|
180
|
=
|
703,80
|
Aux. de Enfermagem
|
790,00
|
/
|
220
|
=
|
3,59
|
X
|
180
|
=
|
646,60
|
Administração
|
720,00
|
/
|
220
|
=
|
3,28
|
X
|
180
|
=
|
590,00
|
Apoio
|
693,00
|
/
|
220
|
=
|
3,15
|
X
|
180
|
=
|
567,00
|
“Podemos perceber que as diretorias das Santas
Casas de Misericódia e os hospitais filantrópicos querem pagar menos no
piso salarial, deixando assim mais baixo ainda o salário em relação ao
estadual. Vamos fiscalizar por meio do Ministério do Trabalho em relação
ao cumprimento do piso estadual. As seis horas é um direito
constitucional dos trabalhadores da saúde uma conquista histórica
nacional. Quem cuida da saúde da população, merece salários dignos e
melhor qualidade de vida”, conclui Vergara.
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