quinta-feira, 10 de maio de 2012

Sindicato Patronal quer acabar com a conquista de seis horas diárias dos trabalhadores da saúde


O impasse está grande entre o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Franca e Região (Sinsaúde) e o Sindicato das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos (Sindhosfil), “se não bastasse à forma desrespeitosa com que os patrões têm tratado os trabalhadores da saúde, colocando as chefias para ameaçarem os profissionais para que eles não participem das assembléias reivindicando seus direitos. Estas ameaças foram chamadas por eles como aconselhamentos, que o melhor seria aceitarem as propostas indecentes oferecidas. No entanto, todos os chefes que pediram para que os trabalhadores não fossem nas assembléias compareceram visando empurrar goela abaixo os prejuízos que os profissionais terão com a aprovação da contra proposta”, declara o presidente do Sinsaúde, Luiz Carlos Vergara Pereira. Segundo ele, é imprescindível que os trabalhadores da saúde façam um comparativo de quanto os chefes ganham e de quanto ganham eles que estão na linha de frente do cuidado com os pacientes. “Não que sejamos contra quem ganha mais, inclusive somos favoráveis a valorização dos trabalhadores e um plano de carreira, mas vamos  apuramos por meio do Ministério Público do Trabalho  que esta pratica que está ocorrendo é crime contra a organização do trabalho”, resssalta Vergara.
Muitas foram as rodadas de negociação e a abertura para o diálogo tentando um acordo satisfatório para ambas as partes. Infelizmente, o Sinsaúde teve até de pedir o Certidão da Impossibilidade de Acordo, na Gerência Regional do Trabalho de Franca. Na última proposta feita, o Sindhosfil concordou com o reajuste salarial, porém houve retrocesso na questão carga horária. Analise como está o acordo entre os Sindicatos:
1 – Já estão acordadas todas as cláusulas sociais entre os dois Sindicatos.
2 – Reajuste salarial de 5,47% da inflação no período de 29/03/2011 a 29/02/2012 estão de comum acordo.
3 – Taxa Negocial foi aprovado em assembléia da categoria quando da aprovação da pauta, porém a diretoria dos hospitais pedem que esta seja excluída, visto que é a única contribuição prevista na pauta. O objetivo disso é enfraquecer o Sinsaúde, mas o Sindicato dos Trabalhadores tem recebido apoio da Federação dos Trabalhadores da Saúde de São Paulo para buscar melhores condições de vida aos profissionais.
4 – A diretoria do Sinsaúde e a Comissão de Negociação reapresentaram uma nova proposta do piso salarial e a mesma foi enviada ao Sindhosfil e aceita, segue abaixo:
Cargo
Piso
Salarial
Horas Mensais
Horas Diárias
Tec. de Enfermagem
860,00
180
6
Aux. de Enfermagem
790,00
180
6
Adm (Regime de Revesamento)
720,00
180
6
Apoio
693,00
180
6

O Sindhosfil aceitou os novos pisos salariais, no entanto querem alterar a base de calculo dos salários para 220 horas mensais, pagando assim, bem menos por horas trabalhadas, entenda na tabela:
Cargo
Piso Salarial
Dividido
Horas Mensais
Igual
Valor da Hora
Vezes
Jornada Praticada
Igual
Como ficaria o Piso Salarial
Tec. de Enfermagem
860,00
/
220
=
3,91
X
180
=
703,80
Aux. de Enfermagem
790,00
/
220
=
3,59
X
180
=
646,60
Administração
720,00
/
220
=
3,28
X
180
=
590,00
Apoio
693,00
/
220
=
3,15
X
180
=
567,00

“Podemos perceber que as diretorias das Santas Casas de Misericódia e os hospitais filantrópicos querem pagar menos no piso salarial, deixando assim mais baixo ainda o salário em relação ao estadual. Vamos fiscalizar por meio do Ministério do Trabalho em relação ao cumprimento do piso estadual. As seis horas é um direito constitucional dos trabalhadores da saúde uma conquista histórica nacional. Quem cuida da saúde da população, merece salários dignos e melhor qualidade de vida”, conclui Vergara.

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