O vereador Luiz Carlos Vergara Pereira (PSB), presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Franca e região e como Presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores de Franca, participou no sábado (15/03) da mobilização dos servidores municipais, realizada na Concha Acústica. Uma passeata percorreu as ruas centrais e parou defronte à Santa Casa.
O movimento que reúne principalmente os profissionais da Saúde acabou por tomar uma decisão importante em outra reunião com representantes de todos os segmentos do funcionalismo que reuniu cerca de 350 servidores no Teatro Judas Iscariotes, na Cidade Nova: a categoria decretou estado de greve a partir da próxima segunda-feira (17). Um dos principais focos é o reajuste salarial da categoria.
O Prefeito Alexandre Ferreira (PSDB) ofereceu 4,97% de aumento salarial que havia proposto no projeto de lei encaminhado à Câmara Municipal na terça-feira, 11, numa tentativa frustrada de que os parlamentares aprovassem em caráter de urgência. Vergara e outros vereadores rejeitaram a urgência e pediram a formação de uma comissão representativa da Câmara para as negociações. Numa reunião, na quarta-feira, Vergara e o vereador Nirley de Souza foram impedidos de participar de uma primeira reunião do Sindicato dos Servidores com o prefeito.
O vereador Vergara, juntamente com Márcio do Flórida assinou emenda ao Projeto de Lei do Executivo em que acrescenta mais 1,41% na revisão geral anual - além dos 4,97% oferecidos pelo prefeito. Os vereadores justificaram a emenda como “necessária”, uma vez que o índice que orienta a correção dos salários (INPC/IBGE) é maior que aquele utilizado pelo Executivo (IPC/FIPE).
“O Prefeito desrespeita os servidores, o Sindicato e até a Câmara de Vereadores. Seu governo, na realidade, é um desgoverno, que a cada dia mais perde credibilidade e joga por terra qualquer ação eficiente da atual administração”, condenou Vergara. Para o vereador do PSB, o Prefeito, a cada ato, demonstra sua truculência, arrogância e intransigência. “O Prefeito não tem capacidade de diálogo”, comentou Vergara.
No caso da Saúde, Vergara afirma que o Prefeito ficou 8 anos como Secretário do setor, durante o governo Sidnei Rocha e deveria conhecer todos os problemas da área, que hoje é a mais problemática da cidade. “Os problemas na Saúde são uma comprovação da inabilidade do prefeito em dialogar com os servidores. Os funcionários da área enfrentam péssimas condições de trabalho, uma assustadora falta de estrutura e acabam pagando pela revolta da população em relação a isto”, disse Vergara.
Decretado o Estado de Greve dos servidores a partir da segunda-feira, Vergara ainda vê uma chance de o Prefeito retomar o diálogo e ao menos amenizar mais este desgaste que a sua combalida administração terá. “O prefeito não administra sozinho. Ele precisa do funcionalismo. Sem os servidores sua administração ficará ainda mais imobilizada do que já está”, completou Vergara.
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